terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um dia bem recheado! Ou o recheado do dia?


Dra. Lilica e eu chegamos a Pediatria para a nossa primeira visita do ano numa manhã típica de domingo, na qual as horas parecem se arrastar e se tem a sensação de que não há nada para se fazer, principalmente quando se estar internado em um hospital. Encontramos as rosas ociosas (ô novidade!) e as crianças ainda sonolentas.
Logo no primeiro quarto, deparamo-nos com três espertos garotinhos, o J..., o M... e o JP..., com os quais brincamos por um bom tempo e fizemos uma sessão de fotos para a revista “só-risos”. Os meninos deram então para comparar nossos grandes, lindos e vermelhos narizes com os animais, no fim das contas, eu fiquei com o nariz de elefante e a dra. Lilica com o nariz de hipopótamo (acho que ela não gostou muito não, hehe). No meio das brincadeiras, descobrimos uma coisa muuuuuuuito séria, a vocação do M... Ele queria ser doutô, igual a gente! O doutorzinho saiu dando injeções de amor, de carinho e de alegria em todos os coleguinhas, nas mães e também nas doutoras, todo jeitoso e com um sorriso de orelha a orelha!

Dra. Fofete teti teti e Dra. Lilica

Continuando o plantão, eu e a dra. Lilica, junto com o dr. M... saímos andando pelos outros quartos, havia poucas crianças no setor naquele dia, mas os pequeninos que lá estavam, valiam por uma tropa inteira!
Entramos em um quarto, que estava ocupado só pelo L..., que por já ser maiorzinho, no começo, ficou um pouco encabulado com a nossa presença, mas logo descobrimos que ele adora forró, e como Dra. Lilica e eu, somos as melhores dançarinas de todo o universo todo todo, dançamos uma forrozada para ele e logo o L... ficou todo animado e doido para dançar também, na maior descontração!
Pelos corredores da Dona Pediatria, encontramos a M..., mãe da A..., a mamãe virou a melhor amiga das doutoras, e também posou em muitas fotos para a revista “só-risos”, e com a maior simpatia nos levou para conhecermos as outras mamães que estavam nos berçários. 

Em outro quarto, encontramos o nosso querido amiguinho de tantas outras visitas, o D..., que mesmo ainda não sabendo falar, consegue demostrar toda a sua alegria e afeição pelos doutores besteirologistas pelo seus olhinhos pequenininhos e brilhantes, pelo seu sorriso fácil e pelo seu dedinho que sempre procura o nosso no intuito de manter contato. Encontramos o D... bem na hora do lanche, e como essa vida de plantão...plantinha... plantão... plantinha... dá uma fome, sempre ficamos pedindo comida pras rosas, que insistem em não fazer a nossa pizza e nos deixam com fome. O D... estava prestes a comer o seu último biscoito, mas ao olhar para mim e para a doutora Lilica e depois para o biscoito, ele deu um sorrisão e foi em nossa direção, disposto a dividir o seu último e mais gostoso biscoitinho. Eu e a doutora Lilica nos olhamos instantaneamente, surpreendidas e comovidas com o acontecido, como pode uma criança tão pequena, tão fragilizada, ser capaz de através de um gesto tão simples e pequeno, conseguir ser tão especial, tão caridosa, tão fofa cuti cuti? Aí, pensamos, que talvez fosse a forma de ele retribuir o pouco que fazemos por ele, o pouco de destinarmos algumas horas da nossa semana tão cheia de tarefas para irmos lá e dar a ele um pouco a mais de atenção, é aí que se comprova, que o pouco é muito, quando há amor, há amizade, há compaixão, há reciprocidade.
Dra. Fofeti teti teti